São muitas as dúvidas que invadem os mais profundos dos meus pensamentos. Aqueles que só ousam aparecer quando não há ninguém por perto, aqueles que não ousam arriscar serem descobertos através de um olhar.
Não posso dizer que te conheço mais. E aprendi que o tempo é relativo ao lugar da vida em que nos encontramos. Mas me diz, onde foi mesmo que nos desencontramos? Eu perdi os detalhes no passado. Restam-me apenas as lembranças mais concretas, aquelas que não eu hei de esquecer até que acabe a minha eternidade.
Sinto falta das suas palavras que há muito tempo não são mais minhas. Do teu olhar, e do modo como sempre esteve ao meu lado independente da situação. Não tem como dizer que o que passou, não importa mais. Não sei lidar ao te ver longe, e perceber que desta vez, você realmente partiu. Talvez eu nunca aprenda, talvez você sempre seja imortal aos meus sentimentos e por mais que eu diga todas estas palavras, ironicamente, eu faria tudo outra vez. Tomaria todas aquelas decisões outra vez, só para estar onde estou. Te observo da janela do meu tempo e sinto a amargura da sua ausência. No entanto é necessário aceitar, mesmo que eu não consiga entender...
Existem as coisas que duram, existem as coisas que passam, mas também existem aquelas que não são para ser.
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