quinta-feira, 6 de outubro de 2011

#Incansável

Escrever aqui é o que torna esta dor um pouco mais aceitável, e a realidade um pouco menos dolorosa. Quem nós queremos enganar? Há em todas as direções - sem exceção - palavras, olhares, e uma falsa desatenção apontada para nós. Um descuido é suficiente para trazer uma lágrima. Ela escorre, cristaliza e marca. Nos faz perceber como dói enfrentar esse abismo que separa a liberdade e o amor.
Estes poucos parágrafos tentam capitular, ou ao menos, descrever tudo o que se passa em um coração à moda antiga. Sim, porque não consigo me adequar a esse desinteresse pela vida, pelo amor, pelo subjetivo, e ser assim: tão racional sobre sentir e tão irracional sobre viver.
Mesmo tendo nascido nos 90 e fazendo parte desta geração de pessoas que falam, depois pensam e só por último sentem, não consigo me enquadrar.
Existe nos teus olhos, o que sempre faltou em mim. E eu procurei, cresci e compreendi. Nada nos completa mais do que amar. Uma vida sem amor é uma vida fria. Quem ousa dizer que uma vida sem amor é estável, até pode estar certo. É uma eternidade vazia, sem oscilações, não há felicidade real, só uma constipação barata de quem se acovarda diante dos próprios sentimentos.
Eu desejo estar perto, e a distância machuca. Eu desejo você e o mundo diz não. Mas afinal, o que é um amor verdadeiro sem esta luta incansável contra tudo e todos? Às vezes eu paro e sinto todo o desgaste dos meus dias passar por mim. Eu percebo o cansaço, a dor, e reclamo de como parecem inúteis os meus esforços para ter você, até que você aparece para mim, e sorri. Neste momento eu me esqueço de tudo o que passou, eu me lembro de tudo o que vale a pena, e então, me sinto mais forte do que nunca.

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