terça-feira, 10 de janeiro de 2012

#Limite

Faz alguns dias que eu me sinto constantemente no limite - da paciência, do amor, da saudade, da vontade de ir e não mais voltar. Parece fácil fugir, parece até mesmo sensato quando a dor de lembrar do que não convém, incomoda. Eu não quero perder, mas cansei de tentar evitar, cansei de tentar cicatrizar as marcas que você deixa em mim. A verdade é que sempre me encontro no mesmo lugar, como se a nossa trajetória fosse circular; Não sei se dói em você, afinal, você não ousa demonstrar. Porém, ultimamente, só eu sei como está pesado carregar este amor mal-resolvido que insiste em continuar na contra-mão.
Procuro a cura para um sentimento mais forte do que eu, procuro qualquer saída, uma fresta de solução. Tudo está tão frágil que eu posso segurar nas mãos o que restou de nós. A esperança ainda se demora, não quer desistir. Ela dispara um coração partido, que bate apenas por você, a cada novo dia.
Deixa eu te ver sorrir pela última vez antes de você sair da minha vida. Deixa eu te ver sem as sombras das discussões, porque eu preciso me agarrar a uma última lembrança, algo que dispare todas estas lágrimas que moram dentro de mim. Você era tudo o que eu precisava e eu não soube lhe ser suficiente, mas saiba, nunca foi por falta de amor. Eu sei que vou te amar, não apenas para sempre, mas para toda eternidade.

"Amor é o que se aprende no limite
Depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida.
Amor começa tarde." - Carlos Drummond de Andrade


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