domingo, 22 de abril de 2012

#24h

É melhor não ver, assim dói menos. Esta é a mentira que eu não canso de repetir.
Por muitas vezes eu fugi das tuas palavras, assim como também já procurei por elas. Hoje não sei mais o que pedir, ou ao menos, esperar de você. Aprendi que silêncio não é sinônimo de paz.
Faz 24 horas desde que a tua última frase foi direcionada à mim. Faz 24 horas que eu me perco em pensamentos constantes do que é a minha vida sem você. Observo a vida passar e não sei mais para onde ir, ou o que fazer. Talvez eu simplesmente não contasse com a efemeridade do seu amor. Queria ao menos poder receber, por uma última vez, aquele teu sorriso apaixonado dos primeiros meses desta história.
Eu repasso mentalmente todos os dias ao seu lado enquanto procuro pelos primeiros sinais de problema. Errei ao te amar demais, ao fazer demais, ao querer demais. Mas o que sou eu senão uma sucessão de erros e acertos assim como todos os demais?
Você me escapou etereamente, nas noites em que eu te procurava e você não atendia; Nos momentos em que eu deixei tudo ao redor, só para ter qualquer carinho seu.
O amor é um jogo de perdas, e esta talvez, seja minha última derrota. Eu realmente acreditei em nós. Em cada segundo dos meus dias, em cada momento, distante ou próximo, eu te amei da melhor maneira que pude.
Desculpe se isto não lhe foi suficiente, eu não posso mais tentar. Sinto a anomia me tomar por não mais te pertencer, sinto a perda da minha voz por não poder dizer tudo o que eu não canso de escrever, e como um último lapso de consciência, sinto-me incapaz, incapaz de viver.

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