quarta-feira, 1 de agosto de 2012

#Poesia

Escrever para curar a alma, um coração deixado para trás. Poetizar as dores, exorcizar os rancores, sentir a ressaca de tudo o que me tira a paz. É hora de sentir. Deixar vir. A verdade é que eu desperto todos os dias sem vontade de mudar a realidade que a sua ausência me impôs.
As noites caem e eu procuro qualquer quarto escuro para me esconder. Não quero ver a lua e as estrelas que um dia você me deu. Foi uma madrugada qualquer de Janeiro. O litoral, o som das ondas do mar.
São lembranças que não se cansam de me assombrar. 
Hoje os dias são só o caos de uma cidade programada para não parar. São alguns milhares de pessoas que passam despercebidas pelos meus olhos cansados de enxergar. Em todo canto, uma música vinda de algum lugar.
São versos jogados que não se cansam de me assombrar. 
O seu retrato está guardado, e eu não ouso desenterrar. De que adianta? A cada passo, em cada esquina tem um rastro para fazer lembrar. Foram tantas promessas, segredos ao pé do ouvido, um arrepio gelado que me faz parar.

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